FESTA DA MANGABA - MUQUEM

Foi realizada neste domingo (10/11) a Festa da Mangaba, em Muquém, município de Niquelândia, Região Norte do Estado. A festa é promovida na área do Santuário de Nossa Senhora D’Abadia de Muquém pelo reitor do santuário, padre Aldemir Franzim. “É uma oportunidade para reunir as pequenos agricultores da região e divulgar um pouco a cultura”, explica o pároco.
Pela terceira vez a festa atrai produtores rurais da região que colhem os frutos típicos para vende-los e expõem produtos derivados da mangaba, como musse (um dos mais disputados), geléia, licor, sorvete e doce. A fruta propriamente é colhida ainda meio verde para não passar do ponto e vendida em bandeijas.
O reitor do Santuário de Nossa Senhora D’Abadia, padre Aldemir, explica que além de aproveitar a oportunidade para reunir as pessoas, que em sua grande maioria são devotas da padroeira, o evento é uma oportunidade para aproximar as pessoas umas das outras.
Para o prefeito de Niquelândia, Luiz Teixeira Chaves, a festa é também uma forma de incrementar a renda dos pequenos agricultores da região que podem colher os frutos típicos e aumentar sua renda com as vendas. “É com satisfação que a prefeitura participa da promoção da festa com a Paróquia de Nossa Senhora D’Abadia do Muquém, o segundo maior santuário mariano do Brasil, para permitir que a população tenha uma interação maior entre si e suas formas de organização social. Sempre que preciso vamos auxiliar e participar desse tipo de festa popular”.
A área onde foi realizada a Festa da Mangaba é uma região distante cerca de 50 quilômetros da sede do município, Niquelândia, que é um dos maiores do país. Todos os anos no mês de agosto reúnem-se cerca de 200 mil romeiros para a festa de Nossa Senhora D’Abadia do Muquém, a mais antiga romaria de Goiás, que remonta ao século XVIII, durante o ciclo do ouro, e já completou 265 anos de realização.
Defumar
Narra a lenda do local que escravos fugidos estava em um quilombo entre as serras próximas. O capitão do mato, feitor encarregado de recapturar os negros fugidos, avistou o lugar e narrou que eles estavam “muquiando” carne. Esse é um processo de defumação herdado dos índios para conservar carnes de caça e peixes.
FONTE: DIARIO DA MANHA